sábado, 12 de novembro de 2011

LIBERDADE

Na ansia incontida de amar e ser amada
Atrevi-me por caminhos desconhecidos
Nem sempre planos e por vezes tortuosos.
Provei o mel, o sal e o amargo
Na ponta da lingua, na garganta travada
Nos gostos que o desejo permitiu.
Tantos voos suicidas e amores vãos...
Eis que um dia, sem planos e sem relutar
Surgiu voce, que deteve minha descida
Desorientada nos sargaços em combustão.
Deu-me asas contidas de pássaro caseiro
Um ninho macio a embalar meu corpo
E portas abertas para eu poder partir...
Liberdade é querer ficar.

[Helena Frontini]

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