Na ansia incontida de amar e ser amada Atrevi-me por caminhos desconhecidos Nem sempre planos e por vezes tortuosos. Provei o mel, o sal e o amargo Na ponta da lingua, na garganta travada Nos gostos que o desejo permitiu. Tantos voos suicidas e amores vãos... Eis que um dia, sem planos e sem relutar Surgiu voce, que deteve minha descida Desorientada nos sargaços em combustão. Deu-me asas contidas de pássaro caseiro Um ninho macio a embalar meu corpo E portas abertas para eu poder partir... Liberdade é querer ficar.
Olhei a saudade bem de frente, olhei-a nos olhos encovados e tristes cheios de memória percebi seus lábios tremendo balbuciando palavras d’ontem, tremendo na espera do que nunca está presente;
sentei-me com ela pedi-lhe uma história, e no tempo em que nos perdemos, o peito aberto como folha alva, virgem recebendo-a, a saudade foi despedida, foi espera, foi partida e desespero, ausência, foram lábios mordidos, perca e lágrimas, e sorrisos de te lembrar:
A saudade foste tu, teu nome que nunca deixo, teu rosto que nunca esqueço, teu amor que nunca parte teus olhos que não se despedem, a saudade foi história, presente sempre presente futuro onde morre por ti.
Fui abençoada com um coração meiguíssimo e em contrapartida com um pavio bem curto. Exatamente igual a um vidro: se me jogar no chão, eu quebro... mas se me pisar, te corto.
Você tem encantos que só minha intuição sente, Você tem detalhes que só o meu amor enxerga... É por esses pequenos "segredos" que te sinto e te amo tanto.
...E nada é mais difícil que viver sem ti Sofrendo pela espera de te ver voltar O frio do meu corpo pergunta por ti E não sei onde está Se não tivesse ido Eu era tão feliz...
Quero pensar em você quero pensar e sentir teu cheiro de homem não importa o resto essa história tem apenas uma possibilidade. Me sinto entrelaçada nas linhas das tuas mãos Presa na retina do teu olho Imersa na saliva que molha teus lábios Confusa nas vírgulas das tuas palavras Tenho apenas uma possibilidade Te desejar até o fim.
Um dia digo-te como me deixas quando te calas O vazio que sinto num espaço que povoas de brisa Um lugar que se molda à tua voz e ao teu estado d´alma Um dia digo-te como o mundo pára quando te observo E através da vidraça apenas vejo sair dos teus lábios sorrisos A luz que emana a tua aura fresca, resplandecente Um dia digo-te como estou quando não estás Um dia conto-te como sou quando estás Um dia…
Era o teu rosto. Era tua pele Antes de te conhecer Existia nas árvores E nos montes e nas nuvens Que olhava ao fim da tarde. Muito longe de mim, Dentro de mim, Eras tu a claridade.
Do ar seco, verto suor... transpiro saudade, ansiedade, e saudade... copiosamente. E lembranças tomam conta, possessivamente, de todo meu corpo, relembrando toque, surpresas, cheiro, pele, invasões, tuas... tudo.
Ainda um dia hei-de contar-te as espantosas coisas de que me lembro, quando fico à tua espera, horas e horas, cada vez mais vagarosas, e tu não chegas, meu amor, e tu demoras.
erraram quando dividiram o tempo e o puseram em relógios... agora dependendo de dias e horas, agora há tempo pra contar, tempo para te ver, tempo demais para saber o quanto você demora