terça-feira, 21 de abril de 2009

ACALANTO



“Dorme minha pequena, não vale a pena despertar.....”

(Acalanto para Helena, Chico Buarque)

DOR



Uma lágrima, duas , três...
Uma dor talvez.

Quebro os risos ao meio,
solto os cabelos à tristeza...
Balanço no desgosto disto.
Volta e meia páro e penso,
sucumbe-me a verdade...
Quebro o mar ao meio
e entristeço a cada bater das ondas,
Vai e vem como a àgua,
Vai e vem esta dor enclausurante
que atrapalha os sentidos.

Quatro lágrimas, cinco, seis...
Um mar delas talvez.

[Margarete da Silva]

MAR



Ele está partindo
Com parte de mim
Na bagagem do peito;
E meus olhos ficaram
A te olhar, viagem seguir

Ele está deixando
Um todo de si
No caminho do coração;
E meus lábios ficaram
Teu gosto a me despir

Como ele pode ir?
Tem tudo dele aqui!
Suas digitais pela casa
Seu amor dentro de mim

Como posso esperar?
Se minha alma ele levou
E pelos cantos rastros deixou
Sua presença, acalanto sem fim

[Cris Poesia & Cáh Morandi]

ESCRITOS


A poesia é companheira na solidão
É como se enchesse o espaço vazio
Não que a companhia ocupe lugar
Mas preenche e distrai a alma
Com os versos consagro instantes
E escrevo o que sinto sem ter que falar
Choro em letras ou escrevo sorrisos
Faço amor contigo e amo-te de paixão
Basta unir caracteres e sinais
Iguais àqueles que escrevo quando te toco
Mas nos poemas é mais fácil e simples
As lágrimas não são frias e aqui encontras
Mais dos que os meus lábios conseguem dizer-te

[Madalena Palma]