sexta-feira, 4 de setembro de 2009
POEMA
Teu poema, inclemente, me encarcera,
umedecendo, de gozo, os meus versos.
Espancando, com a pena, as minhas rimas,
se assanha, feito bicho, entre meus seios.
Teus dedos em tuas mãos; ágeis tentáculos,
aprisionam de vez minhas vontades,
deixando-me à mercê dos teus domínios,
amarrando-me os pulsos, como escrava.
O ar que me vem é da tua boca.
Meus gemidos, quem sufoca é tua língua.
Teu verbo, desconexo aos meus ouvidos,
me faz louvar - indecente - o teu nome.
Em minha barriga, passeia impune, o teu falo.
Sob teu corpo, o meu, é prazer e desgoverno.
Entre minhas coxas, tu desenhas a tua fúria,
em teu pescoço, cravo dentes de poesia.
[Mariza Lourenço]
MEMÓRIAS
A nenhum outro lugar pertenço, em nenhum outro braço, a nenhum outro corpo. Estranharia todas as mãos que não as tuas, mesmo que em outras só te buscasse. Esculpi uma de mim pelos contornos que me deste e meus limites, minhas divisas, agora são todos com o teu território. Seria uma estrangeira em mim mesma se não pudesse fazer pra sempre do teu corpo o meu último refúgio e já não saberia andar para trás e refazer os dias sem a tua trilha, sem as estrelas que me puseste nos olhos, num outro tempo que não o tempo que fizemos nosso, tão maior, onde cabem nossos momentos esquecidos e as memórias do que ainda seremos.
[Patrícia Antoniete]
[Patrícia Antoniete]
PARA QUE VOLTES
"BOLERO"
Quero você sem roupa nenhuma
Dançando um bolero
Emaranhada dentro de nós
Sem sobrar nada de você
Nua, vadia e irresponsavelmente louca
Um pouco bêbada de tudo e de mim
E que minha temperatura
Embriague muito mais você
Que minhas mãos dançem em teu corpo
Que eu me escorra em tuas coxas afora...
Tudo ao som de um bolero instrumental
Que a letra sejam palavras obscenas
Sussurradas, gritadas sem respeito nenhum
Que a doce tortura da agonia do querer tudo
Nos maltrate ao som do bolero mágico
Que meu tudo você tenha entre suas mãos
Entre seus lábios...
Não importa o tempo
Que os relógios parem.
[Renan Torres®]
Dançando um bolero
Emaranhada dentro de nós
Sem sobrar nada de você
Nua, vadia e irresponsavelmente louca
Um pouco bêbada de tudo e de mim
E que minha temperatura
Embriague muito mais você
Que minhas mãos dançem em teu corpo
Que eu me escorra em tuas coxas afora...
Tudo ao som de um bolero instrumental
Que a letra sejam palavras obscenas
Sussurradas, gritadas sem respeito nenhum
Que a doce tortura da agonia do querer tudo
Nos maltrate ao som do bolero mágico
Que meu tudo você tenha entre suas mãos
Entre seus lábios...
Não importa o tempo
Que os relógios parem.
[Renan Torres®]
MAR REPLETO
Às vezes apetece-me mandar-te parar
Pedir para não me invadires desta forma
Chega a ser doentio como me inundas os sonhos
Ocupas todas as horas do dia e da noite
E preenches todas as partes de mim
Até na ponta dos meus dedos sinto o teu cheiro
E na palma das minhas mãos tenho a tua face
Às vezes apetece gritar-te para que pares
E me deixes respirar um pouco de ar
Que não tenha o teu odor e o teu olhar
Mas quando penso nesse momento
Logo um abismo se cria no meu peito
E aí quero que esteja sempre
Um mar sereno repleto do teu ser
[Madalena Palma]
Pedir para não me invadires desta forma
Chega a ser doentio como me inundas os sonhos
Ocupas todas as horas do dia e da noite
E preenches todas as partes de mim
Até na ponta dos meus dedos sinto o teu cheiro
E na palma das minhas mãos tenho a tua face
Às vezes apetece gritar-te para que pares
E me deixes respirar um pouco de ar
Que não tenha o teu odor e o teu olhar
Mas quando penso nesse momento
Logo um abismo se cria no meu peito
E aí quero que esteja sempre
Um mar sereno repleto do teu ser
[Madalena Palma]
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