mar-lenna: INCÓGNITA

sábado, 9 de outubro de 2010

INCÓGNITA

Há coisas que nunca se poderão explicar por palavras

[José Saramago]

4 comentários:

Anônimo10 de outubro de 2010 às 12:29
Lindo post!!!imagem lindaaaa!!!!beijokas!!!
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Antonio José Rodrigues13 de outubro de 2010 às 15:22
É cada vez mais gostoso, Lenna, retornar a esta página de poesias e desejos. Nossos desejos contidos! Beijos
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Stein Haeger14 de outubro de 2010 às 19:17
Belo Blog, Querida!!
Visitei-te, no recanto, lembra??
Bom, agora estou te seguindo aqui.
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Lenna16 de outubro de 2010 às 13:24
Obrigada, queridos, pelo carinho.
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Temos em comum algo que é amar
Mas não na simplicidade da palavra
Tem que ter verdade e muito mar
Pois de ti tirei palavras a consumar
A dádiva não é só de quem ouve
E muito mais daquele que diz
Pois se fala é para ela sentir
Nada de ao vento e sim ao ventre
Vasculhei Lenna cada pedaço do teu amar
No teu Blog quero muito do teu jeito
Puro e simplesmente amo
A quem deseja não um pequeno amor
Mas um grande desfile de ondas e no
Teu mar não somente navegar
Como também cumplicidade
Alcançar

[Ulisses Reis®]

Meu mar é traiçoeiro, traiçoeiro
navega-me nas horas imprecisas
banhando de sal, a alma e a língua
afogando meu pensar; minha razão

Ondas e mais ondas espumantes
turvam a visão; enxergo nada, nada
braçadas são inúteis nessa hora
melhor por-me à deriva em espera

Quem dera ser só brisa, eternamente
beijando à tardinha os seus cabelos
ou mesmo vento morno à noitinha
embalando o seu sono, mansamente

Mas mar e mar e mar agigantado
faminto em ânsias, caudaloso e quente
nauseia-me em açoite, noite e dia
em amar, amar, amar e sem medidas...

[Lena Ferreira]

PARODIANDO

O que eu amo em ti
não é esse jeito de cereja
e esse olhar de seis da tarde
não é essa mania de andar bolerodiando
nem mesmo a tua educadez
O que eu amo em ti
não é essa tua boca de vinho
nem o teu piano. Tocas. E nem é isso.
Os livros que leste, nem mesmo
o que sabes ou não sabes
Não é tampouco o teu ambicionismo
ou teu traço de desenho ou o compasso.
Nem teu andando em lenta marcha vagarosa
nem a doçura, a ternura, a candura,
a loucura, a pura frescura tua de alface...
nem mesmo teu cheiro de alface
teu cheiro de ar com um resto de perfume
nem teu carro (com ar condicionado)
nem teu cachorro
não, não é nem isso que eu amo em ti.

O que eu amo em ti
não é a tua preguiça esticada ao sol
emsombreada de impressionismo
não são os silêncios de que és feito
nem o instante que povoas
ou o mistério que às vezes te povoa,
Não é esse ar letárgico, trágico, trístico,
tanguístico, místico com que te sentas na cadeira
ou acendes um cigarro
somente para por um pouco de fumaça
entre ti mesmo e o mundo

Não é tua voz irônica e sábia
que me preenche os brancos da cabeça
nem mesmo tua cabeça ou tua espiritualidade
ou tua força, tua certeza ou tua fragilidade
Acaso tua beleza? Não, nem é isso.

Nem mesmo o que eu amo em ti
é a tua gargalhada
que transpassa meu ouvido
cheia de espuma e sol de agosto
com gosto de aventura
ou o teu beijo
que cada vez me sabe a uma coisa
mas é sempre tão beijável.

Não é teu jogo de tênis (tão branco de propaganda)
recortado no horizonte,
nem teu corpo plástico, elástico, cheio de fluxos
e de percursos de vibração.
Não é bem isso.

Nessa sucessão constante de agoras
o que eu amo em ti
não é o que refletes de improviso
nem é o inesperável
nem o superalgo

O que eu amo em ti
...são as rugas, meu amor, as rugas...

[Bruna Lombardi]

És minha! A mim tu pertences!
Te abrigo ou castigo, Te amo ou subjugo.
É a mim que te entregas.
É em mim que te esfregas.
Dou a ti meu prazer. Tens em mim teu querer.
Te domo e te tomo, Te levo a loucura.
Te abato ou te bato, Ou te trato em doçura.
De ti tiro mel No teu corpo que sugo.
A ti dou meu mel Teu alimento é meu sumo.
Te aparo e te amparo, Te tomo e te taro.
Tens tudo de meu. Sentidos mais raros!
De ti sou teu dono, Entranhas e carnes.
Sou o ser que te consome.
É em mim que tu ardes
Em contrapartida teu sou
Se estás aos meus pés. É aos teus pés que estou.

[Marcos W. de Albuquerque]

Em você penso, anoiteço e amanheço
te revendo na memória.
Meu mar.
O que planejo, no reencontro,
ainda mora no esconderijo do meu eu,
me faltam palavras para descrever,
mas sei que é muito mais além do que já experimentei.
Sou prisioneira dos meus pensamentos
e neles me perco,
rasgo as amarras,
e sobressai a vontade de satisfazer
os meus e os teus desejos e vontades,
sem hora marcada, sem tempo, sem pressa...
E aqui dentro de mim, agora ...
lá bem no fundo, vem essa vontade, ao reverso,
de fazer tudo, emvocê, o que a alma e o corpo pedem,
te invado, te rasgo, te dou prazer.
Saudade do seu cheiro,
cheiro de mar...sinto daqui.