sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

AMANHECER

Inventar novo amanhecer
é acordar na pele o desejo da carne.
Deixar o fogo tomar o peito,
esquecer o que dizem
e se dizem que digam de amor.
É deitar os olhos no amado,
guerrear em paz os sexos
na louca entrega das vontades.
Permanecer em um corpo
até outro dia no dia de amores.
Mais felina acordar outra vida
na mesma vida que em carinho
é ida e volta de única via:
emocional cotidiano.

[Eliane Alcântara]

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