quarta-feira, 17 de junho de 2009

TEMPO


quanto tempo,
antes que a luz do dia, breve,
abandone os nossos corpos
ou a noite deixe de serestas horas benevolentes
nas quais nos perdemos?
quanto tempo
até que a hesitação
mostre a face da sua insignificância
frente às horas,e o dia se mostre surpreendemente curto
para os gestos de amor?
quanto tempo ainda se passará
neste jogo de espelhos
para que percebas o outro,
e o tomes nos lábios?
quanto tempo
até que não haja mais tempo?

[Silvia Chueire]

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