quarta-feira, 3 de junho de 2009

SILÊNCIO




Agora, ouça bem: eu escrevo - e falo - para a tua alma. São teus olhos os meus em dias de espera. São teus passos tudo o que sigo nestes meses de desassossego. Não é outro, não é nada. Não há nada. Só existe você. Em dias, noites, madrugadas. E mil outras noites. Sozinha. Sou poeta, é fato, mas tenho carne, osso, entranha, sexo. E sexto sentido. Não estranhe as minhas palavras, porque hoje elas querem estar, e entrar, em você. Eu avisei que nada me prende aqui, não avisei? Pois trate logo de me dar um trato ou, caso contrário, eu me mando sem você sentir. Hoje eu te espero. Amanhã, talvez. Mais adiante, o que há com você? Teu beijo é doce. E me encanta a poesia do teu olhar. Tua poesia em mim. E me basta. Por isso, não me perca por aí. Não se assuste. Não se ausente. Não me solte. Apenas me prenda, sempre, como se eu pudesse, num instante, fugir. Eu preciso, e só sei, amar assim.

[o que, em silêncio, por mim foi dito, para ti, nas primeiras horas da noite de ontem]

[Dani C.]

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