sexta-feira, 29 de maio de 2009

"TUA MÃO"

Quando achei que não eras nem mais lembrança
Algo esbarrou na memória do corpo.
Algo que pude reconhecer imediatamente
Porque muitas vezes
Já me havia furtado os sentidos.
Aquele toque inconfundível
Era a memória da tua mão.

Tenho saudade da tua mão.
Tua mão linda e ousada.
Tua mão firme e quente.
Mão que afaga indecentemente
Enquanto esbofeteia sonhos.

Hoje a saudade não é de ti
Entrando obscuramente em minha alma,
A roubar meus sentidos sem dó.
Hoje a saudade é da tua mão
Entrando devastadora entre minhas coxas,
A desnortear-me no teu doce despudor.

[Isabella Benício]

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