quinta-feira, 28 de maio de 2009

CONFISSÕES


Dizem que o amor é cego, não nego, por isso te abro os olhos: não tenho bens nem alqueires; eu não sou flor que se cheire; nem tão boa cozinheira - bem capaz que ainda me piches por só comer sanduíches - minha poesia é fuleira; tenho idéias de jerico; um cio meio impudico como as cadelas e as gatas; às vezes me torno chata por me opor ao que comtemplo, sei que sou péssimo exemplo, por pouca coisa me grilo; talvez por mim percas quilos; eu não sei se valho a pena; iguais a mim há centenas; desejo te ser sincera. Mas no fundo o amor espera que grudes qual carrapicho: são tão grandes meu rabicho e minha paixão por ti, que não estão no gibi … Ao te ver, viro pamonha, sem ação, e sem vergonha; o meu ser inteiro goza.
Por isso, pra encurtar prosa, do teu corpo, cada poro, eu adoro adoro adoro …

[Leila Mícollis]

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