quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

SE SOU...


Calada sem dizer que te amo
Perseguem-me os teus fantasmas.
Inda que eu grite o vazio
Existente por tua partida
E diga que já não te quero
Minha voz é pouca e muda
Para profetizar tais besteiras.






Cola logo tua vida a minha
Já não tenho saída ou esconderijo.
Traz tua língua para o meu corpo
E devora o que resta de amor
No que só teu é fonte nova.
Esvazia minha mente de idiotices
Calca-me ao teu prumo.

Para ser fora de ti nada suporto
E matar-me é endeusar-te
Mártir de nem sei o quê.
Decida logo se sou tua,
Quem espera o tempo engole
Quem diz sim não tem escolha:
Vive e permanece.
Calada sem dizer que te amo
Passo
...
Morro sem crime
E tu... Não me consomes.

[Eliane Alcântara]

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