Quando sinto sua pele a minha roçar
Gozo nossas leves mordidas
E golpeio sua nuca com a língua.
Meu corpo em festa
É entrega, devoção sem dúvidas,
Envolvimento em arte e prosa.
Remete-me seu amor desesperado
Em dedos juntos, suados, melados.
No colchão joelhos fincados: suave adesão.
Dono dos meus carinhos sorri safadamente.
Minha boca engole a sua, salivada.
Morno enxerta os meus delírios.
Lambo-o, cadela carinhosa com a cria.
Da sublimidade do ato, o que mais amo,
É seu jeito animal a tatuar-me os dias.
[Eliane Alcântara]
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