sexta-feira, 17 de julho de 2009

INFINITAMENTE...


Bem sei que além do teu nome
Há outros que não aprendi.
Assim como há outros rios, outros sóis,
Outros bosques e girassóis em nevoeiros.
Sei que além de ti existem maravilhas
Que não me podes dar e, também,
Negruras de solidão e ilusão,
Mas quero-te muito além do que não és,
Pois, afinal, nada te pedi.
Sei que além do teu corpo
Há outros tesouros que eu não mereço.
Outras colinas, outras queimadas, fuligens:
Lágrimas para mancharem o rosto,
Amo-te, ainda, por aquilo que desconheço.
Ao teu lado, os ipês douram agosto...
Há dores a sentir e a natureza nada mudou,
E vivo muito além de apenas existir...
Cuida do coração que te dou.

[Antonio Miranda Fernandes]

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