domingo, 19 de abril de 2009

DISTÂNCIA


Com as minhas mãos sei desenhar a tua voz nas pedras
Formar cada canto do teu corpo recolhendo as folhas das árvores
Sinto na ponta dos meus dedos a recriação do teu ser
Como se renascesses em mim sempre que com alma te toco
De ti vejo uma imagem terna e doce que abraça o meu existir
Quando, na penumbra, os meus olhos tocam nos teus
[...]
É tranquila e pura a paixão que me colhe os movimentos
Recuperando na memória cada gesto que me ofereceste
Não é apenas de palavras e momentos que alimento esta razão de ser
É também de ausências e silêncios fundos
Que preenchem uma distância que não existe

[Madalena Palma]

Nenhum comentário:

Postar um comentário