sábado, 14 de março de 2009

VACUIDADE


Não são avisadores de memória que te trazem a mim
Nem gestos, palavras, cheiros, aromas ou melodias
Não é nas palmas das mãos que vejo o teu rosto
Ou nos olhos fechados que sinto os teus beijos
É na ausência que sinto o quanto te quero
É na vacuidade que sei os contornos do teu corpo
É na falta que sei que nunca posso angustiar-me
Porque estás sempre inteiro no meu sorriso
E para isso basta tão só viver

[Madalena Palma]

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